quinta-feira, 29 de abril de 2010

MISS IMPERFEITA por Martha Medeiros

MISS IMPERFEITA por Martha Medeiros

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada,
não é ser sempre politicamente correta,
não é topar qualquer projeto por dinheiro,
não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga.
Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir dessa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Morar Fora...

Morar fora...

Não é apenas aprender uma nova língua.

Não é apenas caminhar por ruas diferentes ou conhecer pessoas e culturas diversificadas.

Não é apenas o valor do dinheiro que muda.

Não é apenas trabalhar em algo que você nunca faria no seu país.

Não é apenas conquistar um diploma ou fazer um curso diferente.


Morar fora não é só fazer amigos novos e colecionar fotos diferentes.

Não é apenas ter horários malucos e ver sua rotina se transformar diariamente.

Não é apenas aprender a se virar, lavar, passar, cozinhar... comer comidas diferentes, pagar suas contas, se preocupar com o aluguel.
Não é apenas não ter que dar satisfações e ser dono do seu nariz.

Não é apenas amar o novo, as mudanças e também sentir saudades de pessoas queridas e algumas coisas que deixou em seu país.

Não é apenas a distância.

Não são apenas as novidades.


Morar fora é se conhecer muito mais.

É amadurecer e ver um mundo de possibilidades à sua frente.
É ver que é possível sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal. 

É perceber que o mundo esta na sua cara e você pode sim, conhecê-lo inteiro.
É ver seus objetivos mudarem.
É mudar de idéia, de opinião.
É colocar em prática.
É ter que mudar sua cabeça todos os dias.
É deixar de lado as coisas pequenas.
É saber tapar o seu ouvido.
É se valorizar.

É ver sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos.
É se ver aberto para a vida.
É não ter medo de arriscar.

É colocar toda a sua fé em prática.

É ter fé.

É aceitar desafios constantes.
É sentir-se na Terra do Nunca e não querer voltar.
É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.

Morar em outro país é se surpreender com você mesmo.
 É se descobrir e notar que na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: ..... VOCÊ MESMO! "

Autor Desconhecido...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Aquecimento Global + Descaso Popular!! ... por Melissa Marcial

Meus queridos amigos,
Eu bem que tentei ficar caladinha a esse respeito, mas preciso desabafar!!!
Aquecimento global + Descaso Popular!!! ... por Melissa Marcial
Todos os seres vivos habitantes desse planeta sabem que tem algo muito errado acontecendo: o inverno não é mais tão frio, o verão está cada vez mais insuportável, as catástrofes naturais estão aumentando em número e atingindo locais que antes eram imunes a sua ação.
Passei os últimos seis meses no Canadá, presenciei o finalzinho do outono e o inverno inteiro do hemisfério norte. Fiquei muito impressionada com a quase ausência de neve em Toronto. Como pode isso? Canadá = muita neve no inverno!!! Já passei dois janeiros por lá e nunca vi nada parecido com o que ocorreu esse ano. Enquanto estava por lá, nas poucas vezes que vi televisão, fiquei com pena dos pobres ursos polares!!! Coitadinhos!!! Eles estão morrendo afogados por causa do derretimento da calota polar!! Está cada vez mais difícil para eles sairem em busca de alimento e encontrarem uma ilha de gelo espesso o suficiente para que possam descansar!! Eles serão os próximos animais em extinção!!
Enquanto isso ocorria no Canadá, aqui no Brasil as pessoas estavam quase sendo fritas ao ar livre!! E isso não é força de expressão!!! Minha mãe me telefonava e dizia: filha!! O calor está insuportável!! O asfalto está até mais mole ao pisar!!! A temperatura está girando em torno de 45 graus celsius no sol!!! Está praticamente impossível a sobrevivência sem um ar condicionado!! Não chove!!! E quando finalmente chove, não refresca nem um pouquinho!!!
Ontem o estado do Rio de Janeiro foi atingido pela pior tempestade dos últimos 30 anos!! Choveu na Grande Rio de Janeiro aproximadamente 80mm em 24hs!!! Morreram centenas de pessoas (afogadas, soterradas, etc). E o pior: não podemos culpar as autoridades por isso, nem a natureza!!! Nós seres humanos somos os principais responsáveis por tudo o que está acontecendo conosco e com o mundo em geral!! Todos sabemos que lugar de lixo é na lixeira!!! Todos somos capazes de separar o nosso lixo para que ele seja reciclado!!! A Ampla tem um projeto bem legal de reciclagem de lixo, mas quase ninguém colabora!!! Ela tenta incentivar o usuário de seus serviços a separar o lixo para reciclagem através da redução do valor da conta de luz (quanto mais você auxilia na reciclagem, menos você paga de conta). Concordo que é desagradável encher o porta malas do carro de lixo e levar nos postos de coleta, mas é melhor do que ter a sua casa repleta de lixo por causa de uma inundação ou ficar preso num engarrafamento sem tamanho por causa de bueiros entupidos com o nosso lixo de cada dia!!
Precisamos nos conscientizar de que o grande problema da humanidade é a poluição!! Seria super fácil se cada um de nós se conscientizasse de que se cada um fizer a sua parte podemos salvar o Planeta Terra!!! Não é por que a maioria das pessoas não se preocupa com isso, que nós não faremos a nossa parte!!!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PUDIM (Por Martha Medeiros)

Meus queridos amigos,
Recebi hoje uma mensagem com esse conteúdo e ele se encaixou tão certinho na minha atual realidade de vida que tive que criar um blog pra dividir minhas novas experiências de vida com vocês!!!

PUDIM - por Martha Medeiros

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.
Um só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O pudim é só um exemplo do que tem sido o nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara vários anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meia porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora"...
Nós que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Hug Grant, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.